A terra e quem a trabalhe!
No meio desta crise que a cada dia se agrava e da qual se não vê fim, em que o desemprego é uma catástrofe nacional, e o saldo da balança agro-alimentar é francamente negativo, é lícito perguntar:
por que motivo temos tantas terras incultas?
Quem tem terra abandonada que lhe dê uso, que a cultive, que a arrende, que a venda! Mas que ela seja útil ao país, que crie riqueza e emprego, em vez de se transformar em matagais onde pastam incêndios durante o verão.
por que motivo temos tantas terras incultas?
Quem tem terra abandonada que lhe dê uso, que a cultive, que a arrende, que a venda! Mas que ela seja útil ao país, que crie riqueza e emprego, em vez de se transformar em matagais onde pastam incêndios durante o verão.
Lembro o nosso rei D. Fernando e a sua Lei das Sesmarias, de 1375 (já lá vão 638 anos):
"(...) Estabelecemos e ordenamos e mandamos que todos
os que têm herdades suas próprias ou tiverem aprazadas ou aforadas ou por
qualquer outro modo ou título, por que hajam direito em estas herdades, sejam
obrigados em as lavrar e semear; e se o senhorio das ditas não lavre parte
delas por si (…) e as mais faça por outrem ou as dê a lavrador que as lavre e
semeie por sua parte (…) de modo que as herdades que sejam para dar pão sejam
todas lavradas e aproveitadas e semeadas de trigo, ou cevada ou de milho."
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