domingo, 15 de dezembro de 2013

A ASSOCIAÇÃO DE PAIS E A GENTE DE BEM

Dizem-me, mas eu não acredito, que um grupo de pessoas organizado com base num partido político, tenta desesperadamente conquistar a associação de pais de uma escola. Dizem-me as mesmas vozes que com isso pretendem fundamentalmente ganhar lugares no Conselho Geral da escola e assim conseguir fazer eleger um diretor da sua cor política. Dizem-me que tão dedicados militantes esperam, à laia de contrapartida, vantagens várias para si e para os seus, que na vida tudo se paga…
Eu, é claro, não acredito em nada disto, tanto mais que a ser verdade constituiria um esquema mafioso de troca de favores, compadrio inaceitável a roçar a corrupção. Não acredito até porque tenho estima pessoal por algumas das pessoas alegadamente envolvidas neste “esquema”, e me arrepia ver nelas a degradação moral que grassa entre muitos políticos deste país.
Também me custaria a acreditar que não existisse na organização local do dito partido gente honesta e com visão de futuro, gente capaz de dar um murro na mesa e impor o mínimo de decência e ética política. Se isso fosse verdade, todos os elementos da estrutura partidária local do dito partido político seriam cúmplices de manobras desonestas e imundas, porque, como se sabe, “tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica ao portão”.

Mas felizmente nada disto deve ser verdade, todos nós poderemos continuar a estimar e respeitar os nossos concidadãos quer militem ou não em qualquer partido político.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mário de Andrade escreveu. Eu sinto-o em absoluto.

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta comtriunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

sábado, 30 de novembro de 2013

O DECORAR E O MARRAR

Dizem os dicionários que o verbo “decorar” provém de “de+cor+ar”, sendo este “cor” proveniente do termo latino “cor” que significa “coração”. É certamente mais um caso de uma etimologia errada e tola, pois está bem de ver que a ideia de “coração” tem pouca relação com o “saber de memória”. Por isso, penso que será muito mais provável que a origem da nossa palavra “decorar” esteja em “qr’ ”, já que “qr’” [qorô] significa em fenício “recitar”, e recitar é precisamente dizer de memória. É evidente que essa ideia de “recitar” pode facilmente estar na origem do nosso “dizer de cor”, e consequentemente do verbo “decorar”.
Ao contrário daquilo que se afirma geralmente, a palavra “marrar” não terá certamente relação alguma com “marra”, que significa “sacho” em latim. Pode antes ter uma relação com “mrh” [marrâ] que significa em fenício “ser teimoso, obstinado” e que se ajusta bem a um certo sentido em que utilizamos o termo “marrar” no sentido de “estudar muito” (por exemplo, estudar obstinadamente. De resto, quando se diz por exemplo “ele marrou para ali”, no sentido de “teimar”, este “marrar” é “ser teimoso, ser obstinado”, e provém certamente do “mrh”. O mesmo acontece quando se utiliza a palavra “marrar” no sentido de “estudar”, que é um ato de teimosia.

Por isso, quer estejas a “marrar”, quês saibas a lição “de cor”, estás a fazê-lo em fenício e não latim.


Onde anda o teu dinheiro?

Eu, para quem não saiba, nasci em Benfica. Era um bairro de moradias com quintal simpático que, entre outras características tinha a de possuir um pequeno terreno baldio onde eu e os outros da minha idade vivíamos aventuras infindáveis. Pois um belo dia, lá pelos anos 80, o governo mandou ocupar o dito terreno e construir nele um edifício enorme que supostamente deveria ser uma unidade de saúde (mental?).

Antes de umas eleições chegaram os figurões dos partidos, carros pretos, fatos pretos, seguranças de óculos escuros, com tv e jornais atrás, e fizeram a inauguração daquilo que nem sequer estava acabado... e que nunca chegou a ser acabado. A obra custou muitos milhões, milhões tirados do teu trabalho, tirado dos impostos que te obrigam a pagar. E nunca chegou a ser acabada...
Anos depois era um antro de marginais e quartel general de ratazanas, e então pensou-se que era melhor ser demolido...

E se o pensaram, melhor o fizeram. E tu, que já tinhas pago a construção, pagaste agora a demolição...

E tudo voltou ao que era antes: um baldio. 
Espero que ainda haja crianças que queiram viver ali as suas aventuras de polícias e ladrões, sonhando talvez com um mundo com menos bandidos. 
Por mim, ainda não me cansei de sonhar com um país em que os políticos sejam realmente representantes do seu povo, que se sintam orgulhosos disso, e que tudo façam para o dignificar e elevar, procurando na política servir a comunidade e não servir-se da comunidade.
Por esta e outras coisas, ficam-me algumas dúvidas. Não há jornalistas que peguem nesta e em outras histórias como esta? Estarão proibidos de "pôr o dedo na ferida?" E ainda me fica uma outra: Não há responsabilidades pela gestão ruinosa a que os políticos têm conduzido este país?
Responda quem souber 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A terra e quem a trabalhe!

No  meio desta crise que a cada dia se agrava e da qual se não vê fim, em que o desemprego é uma catástrofe nacional, e o saldo da balança agro-alimentar é francamente negativo, é lícito perguntar:
por que motivo temos tantas terras incultas?

Quem tem terra abandonada que lhe dê uso, que a cultive, que a arrende, que a venda! Mas que ela seja útil ao país, que crie riqueza e emprego, em vez de se transformar em matagais onde pastam incêndios durante o verão. 

Lembro o nosso rei D. Fernando e a sua Lei das Sesmarias, de 1375 (já lá vão 638 anos):

"(...) Estabelecemos e ordenamos e mandamos que todos os que têm herdades suas próprias ou tiverem aprazadas ou aforadas ou por qualquer outro modo ou título, por que hajam direito em estas herdades, sejam obrigados em as lavrar e semear; e se o senhorio das ditas não lavre parte delas por si (…) e as mais faça por outrem ou as dê a lavrador que as lavre e semeie por sua parte (…) de modo que as herdades que sejam para dar pão sejam todas lavradas e aproveitadas e semeadas de trigo, ou cevada ou de milho."



quarta-feira, 8 de maio de 2013

A "boa gente" e a "má gente"

Quando eu era muito moço havia fascismo, não nos era autorizado falar de política, e tudo o que se conseguia fazer era apreciar os outros com base na sua honestidade e formação moral e humana. Havia gente honesta, justa, leal, mas havia também canalhagem corrupta e mal formada: havia "boa gente", e havia "má gente", e a luta era para que a "boa gente" não sucumbisse à "má gente".
Depois disso a divisão entre as pessoas foi fundamentalmente ideológica: cada um se identificava com um projeto de sociedade, e a luta era pela implantação de modelos de sociedade diferentes, e esquecemos que havia, como sempre houve e há de haver, "boa gente" e "má gente".
Mais recentemente as pessoas deixaram de ter um projeto de sociedade, e entregaram-se às filiações partidárias, num espírito clânico ou "clubista", e a luta passou a ser pelo triunfo do seu partido na medida em que isso promovia o seu triunfo pessoal. Morreram as ideologias e os voluntarismos altruístas, morreu de todo a ideia de se ser "boa gente" ou "má gente", e os corruptos, oportunistas e sem carácter, que antes eram escória, passaram a ser considerados "espertos", ao mesmo tempo que tolerámos que ascendessem na escala social... Não andámos bem.
Hoje temo que se tenha que voltar a encontrar na essência humana, o ser "boa gente" ou "má gente", o primeiro nível de apreciação dos que nos rodeiam. Antes da ideologia ou do partido, há que "separar o trigo do joio", mesmo porque há "trigo" e há "joio" em todas as ideologias e partidos.
Será por isso possivelmente a tarefa mais importante da sociedade, e dentro dela dos partidos, fazer a expurga de todos os oportunistas que se entregam à vida pública procurando benefícios pessoais, e não, como deveria ser, benefícios para a comunidade.
Por mim, cada vez mais, aprecio o "trigo" e desprezo o "joio". Bem vistas as coisas, o "joio" é realmente desprezível.

Fernando R. Almeida

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O SONHO E O FUTURO

Em vésperas do 25 de Abril deste ano de 2013, vejo como o sonho de conseguir uma sociedade justa e verdadeiramente democrárica vai ficando cada vez mais distante. Foram muitos os que, como eu, julgaram que um dia haveria um mndo melhor para os nossos filhos. Passam-se os anos, e o sonho desse mundo melhor é como imagem de fumo que se desfaz no ar. 
Já se aceita sem indignação a "cunha", o favor pessoal, o desrespeitar os princípios mais elementares de retribuição do mérito... Como foi possível descer tão baixo? Descer ao ponto de aqueles que esperam favores de uma qualquer influência partidária não se envergonharem! Que país estamos a deixar aos filhos? Que é feito da honra? da dignidade? da decência????

Neste tempo de primavera vos digo: 

Pode o pior dos homens subir ao maior dos tronos, mas ainda assim, continuará a ser o pior dos homens.

Mas o Homem sempre sonha, e um dia o sonho será concretizado... 

domingo, 21 de abril de 2013

Os Longos Tentáculos do Polvo


Houve tempos em que os partidos políticos arranjavam colocação para os seus “rapazes” nos ministérios, em cargos próximos dos gabinetes de gente importante, ao nível do Ministro ou do Secretário de Estado. Mais tarde começaram a nomear gente para cargos menores, criaram-se assessores mesmo nas Direções Regionais e no mesmo abaixo disso, em órgãos de utilidade mais que duvidosa de âmbito sub-regional. Mas agora este “polvo” lança já os seus tentáculos até ao ponto de controlar a gestão das “escolinhas de província”, como é o caso do novo Agrupamento de Escolas de Odemira. É animal insaciável, não há dúvida, e qualquer dia, até para se ser porteiro é preciso mostrar a cor partidária ou qualquer outra fidelidade.
De facto, muito embora exista uma proposta de comissão instaladora do novo agrupamento nascida das direções anteriores (e que reúne o acordo geral da comunidade e que inclusivamente recebeu o apoio unânime da Assembleia de Escola), a Delegação Regional de Évora nomeou para dirigir a Comissão Instaladora do novo agrupamento uma pessoa sem qualquer experiência e cujo perfil é tudo menos consensual. Troca-se uma direção competente e com muitas provas dadas, por uma outra sem qualquer preparação para o cargo. Só por milagre não vai correr mal, e só por esse mesmo milagre o dinheiro dos nossos impostos não será malbaratado. A reforma da administração pública de que tanto se fala deve ser feita pela busca da competência, e não apenas por despedimentos indiscriminados.
Ora, alguém deveria explicar aos nossos dirigentes intermédios, e mesmo aos dirigentes de topo que nos governam, que isto da democracia não é bem um processo em que a comunidade elege de quatro em quatro anos alguém para a tiranizar. A democracia é muito mais que um processo eleitoral. É também uma forma de relação da administração com a sociedade civil, em que existe respeito mútuo. Mas parece que essa parte da democracia entre nós ficou na gaveta.
Como sabemos que frequentemente o dirigente máximo de um organismo, embora seja responsável por todo o aparelho, desconhece as trapalhices que os quadros intermédios vão fazendo, relato esta situação, esperando que o Ministro corrija o que deve ser corrigido. E ficamos à espera. Se a administração central nada fizer em relação a este e a muitos outros casos tiraremos as nossas conclusões.
E já agora quero ver a cara de algumas pessoas daqui a um ano, quando a normalidade democrática for reposta...

quinta-feira, 7 de março de 2013

QUE A PARTIDOCRACIA DÊ LUGAR À DEMOCRACIA
Ainda não há grande tempo ouvi um político amigo referir o papel fundamental que os partidos políticos têm para a democracia. Pois então falemos de partidos políticos.
Que os partidos políticos são essenciais à democracia, diz-se, mas possivelmente só é aceite como verdade por ser repetido tantas vezes. Porque, pensando bem... um regime político em que os deputados são eleitos pelos cidadãos, mas devem obediência aos partidos... diz-se até que em alguns casos assinam uma carta de demissão do cargo de deputado antes sequer de serem eleitos, para que nunca sejam mais que marioneta na mão da direcção do partido que lhes faculta um lugarzito nas listas.
Vêm ter com o cidadão a prometer mundos e fundos, papam os votitos, e depois desaparecem lá para os corredores dos palácios lisboetas, e só lhes voltamos a pôr a vista em cima quatro anos depois! Anotem: tudo o que não evolui no mundo, o que não acompanha os novos tempos, mais cedo ou mais tarde fica caduco desinteressante e inútil. E é claro que podemos passar bem sem o que é inútil. Se os partidos não evoluírem...
Imaginem agora algo diferente, algo mais próprio de uma democracia a sério para o século em que vivemos. Imaginem que eu ajudo com o meu voto uma pessoa honrada a ser eleito deputado, mas ele sente que me está a representar a mim e aos demais que o elegeram, e não a cúpula do partido. Se podemos tratar de tantos assuntos sérios pela net, (finanças, bancos, etc.) também seria perfeitamente possível que o nosso eleito dispusesse de um site onde colocava à consideração dos seus eleitores as questões mais relevantes. Imagine-se que perguntava se deveria ou não votar favoravelmente o orçamento de estado. E o seu voto seria consequência da indicação dada pelos cidadãos que representava, e não da ordem dada pelo partido. E se em cada votação feita na A. R. fosse publicado na net o sentido de voto de cada deputado? Poderíamos saber se o deputado que nos representa votou de acordo com o que nos parece bem, ou se pelo contrário o seu voto não corresponde ao que julgamos correcto. É claro que o desinteresse dos eleitores pela política iria desaparecer, e por certo que a qualidade da democracia disparava.
Então e os partidos para que serviriam? Não sei bem. Parece que actualmente se assemelham mais a associações de malfeitores que têm como objectivo tomar de assalto o poder e tirar daí vantagens pessoais para boa parte dos seus membros. Por isso talvez não façam grande falta conforme estão. Pode ser no entanto que os homens honestos que também existem nos partidos (e onde incluo muitos autarcas da nossa região) acabem por levar a própria democracia para dentro dos partidos e que estes se constituam como alfobre e escola de vivência democrática, cidadania e espírito de serviço à comunidade. Tenho esperança que algo mude, que os tempos gritam por mudança.

segunda-feira, 4 de março de 2013

OS MODERNOS TRAIDORES À PÁTRIA
Aquele que a troco de qualquer vantagem pessoal prejudica os seus, é traidor. Assim, aquele que recebe chorudas prendas de estrangeiros para prejudicar os portugueses e Portugal, só pode ser considerado traidor. Traidores vários, são actualmente pagos a preço de ouro para dar vantagens a estrangeiros e a suas empresas, e isto em prejuízo do povo português e de Portugal. Passa-me pela ideia que um dia, os muitos traidores deste país venham a ser julgados e condenados pelo que são. E então não será fácil controlar o povo, que nesses casos sabe bem o que merecem os traidores...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MAIS ESTADO, PIOR ESTADO OU... 

"O ESTADO A QUE NÓS CHEGAMOS".

Num tempo em que a necessidade de reduzir o papel do estado na sociedade é alardeado constantemente, e se aclama a necessidade de ter "menos estado" depara-mo-nos com mais uma situação no mínimo escandalosa: vai passar a ser obrigatório renovar a carta de condução aos 30 e aos 40 anos (isto depois de ter sido criada a obrigatoriedade de a renovar aos 50 anos, já de si injustificada). Mas esclarece-se, para que não restem dúvidas a ninguém, que se trata de um ato meramente administrativo, portanto que não tem qualquer objetivo prático. Não serve para verificar se o condutor ainda sabe conduzir, se está de posse das capacidades físicas e psíquicas necessárias, nada... é apenas uma obrigação formal inútil.

Portanto vai ser obrigatório de tempos a tempos pagar uma taxa (tem sido de 30 €) e certamente mais umas papeladas... Por certo, dependendo do local onde se mora, vai perder-se algum tempo de trabalho. Eu, quando a renovei aos 50 anos teria que ter perdido um dia de trabalho no processo, já que moro em Odemira e teria que se tratar em Beja do processo administrativo. Ir a Beja são 200 Km, um dia de trabalho... Por isso fiz o que muito boa gente terá que vir a fazer no futuro: largar mais umas notas numa escola de condução que me resolve o problema ao mesmo tempo que alivia a carteira.

Agora repare-se: vai haver mais funcionários públicos a tratar dos papéis; vai haver mais funcionários privados que, bem à portuguesa, vão trabalhar sem qualquer utilidade ; vão ser perdidos milhares de dias de trabalho; o rendimento do cidadão vai ser diminuído (ainda mais) e ... Não se vai produzir absolutamente nada!!!

Este é o estado de que não precisamos. É o estado que burocratiza, que complica, que reduz a produtividade, é o estado que não presta, e do qual precisamos de nos livrar com urgência. Num tempo em que se reduzem médicos e professores porque não há dinheiro, vai pagar-se a funcionários absolutamente inúteis e que ainda por cima promovem a redução da capacidade produtiva do país? Quem acreditará nos dirigentes políticos e quem se juntará a eles num qualquer projeto de unidade e salvação nacional?

Se o que se pretende é roubar mais uns trocados ao contribuinte, mais vale aumentar o IRS uma décima, que pelo menos não temos que faltar ao trabalho para pagar...

E é este, meus amigos, o "estado a que nós chegamos".