quarta-feira, 26 de março de 2014

CENTENAS DE EGÍPCIOS CONDENADOS À MORTE

529 EGÍPCIOS CONDENADOS À MORTE POR SEREM OPOSITORES AO REGIME MILITAR
Assim a democracia é uma batota.

Quer se goste, quer não a “Irmandade Muçulmana” ganhou as eleições no Egito. Os militares apoiados pelo ocidente não gostaram, e tomaram o poder. Desde que o exército derrubou Mohamed Mursi (o presidente democraticamente eleito), no dia 3 de julho, 1400 de seus partidários morreram pela repressão e outros milhares foram detidos. Agora são CONDENADOS À MORTE 529 militantes da “Irmandade Muçulmana” enquanto outras centenas esperam julgamento.
O que é interessante aqui é verificar como a comunicação social está ao serviço de interesses inconfessáveis. A mesma comunicação social que monta campanhas diárias contra o governo legitimamente eleito na Ucrânia, na Venezuela ou na Síria, deixa passar quase em silêncio total as brutais violações aos direitos humanos que acontecem no Egipto. Não se estranha, porque tem sido esse o rumo da nossa imprensa, rádio e tv. Já com o golpe de estado que os militares argelinos deram após a vitória da FIS na Argélia aconteceu o mesmo silêncio encobridor dos atropelos à legalidade e aos direitos humanos.
Onde estão os paladinos da liberdade e da democracia, que não se insurgem contra o regime militar egípcio? Onde está o bloqueio económico que é usado em outros casos? Já congelaram as contas bancárias dos generais golpistas? Já ameaçaram com ataques militares? Nada! A democracia para os nossos políticos só é sagrada quando lhes é favorável. Caso contrário já não tem qualquer importância. É uma vergonha.
Mas tudo isto vai passando despercebido entre os golos do Ronaldo e os desfiles de moda. Querem fazer de nós parvos, e infelizmente até vão conseguindo. De certa maneira o tempo da censura era bem melhor: as notícias eram censuradas, só se dizia o que o estado deixava, mas isso sabia-se. Agora não. Agora somos levados a pensar que a informação que nos chega é isenta, imparcial e verdadeira, mas é tudo menos isso.

A democracia assim é uma batata, ou melhor, é uma valente batota.

sábado, 1 de março de 2014

O arroz, a escola e o estado podre

Quando trabalhei na gestão de uma escola pública recebi instruções da tutela para que nas refeições escolares só se usasse arroz agulha. Achei estranho e interroguei os responsáveis sobre o assunto. Pretendia saber se o arroz carolino era menos bom para a saúde, ou se apresentava qualquer outro inconveniente que eu desconhecesse. Nunca me responderam.
Vejo que o princípio ainda está em vigor (hoje na Circular nº.: 3/DSEEAS/DGE/ 2013) e, sabendo que em Portugal se produz sobretudo arroz carolino, que os nossos produtores têm dificuldade em vender, e que o arroz agulha é quase todo importado, mais uma vez me questiono sobre o motivo que leva a criar uma norma que nos obriga a importar arroz, quando temos dificuldade em vender o nosso.
Nós portugueses, gente deste povo, escaldada com a manhosice dos do poder, costumamos nestes casos pensar que algum familiar ou amigo do responsável do Ministério da Educação é importador de arroz agulha... Mas isso são coisa do povo que é ignorante e estúpido, porque os nossos governantes seriam incapazes de um esquema maldoso sesse tipo!