Dizem-me, mas eu não acredito, que um grupo de pessoas
organizado com base num partido político, tenta desesperadamente conquistar a
associação de pais de uma escola. Dizem-me as mesmas vozes que com isso pretendem
fundamentalmente ganhar lugares no Conselho Geral da escola e assim conseguir
fazer eleger um diretor da sua cor política. Dizem-me que tão dedicados
militantes esperam, à laia de contrapartida, vantagens várias para si e para os
seus, que na vida tudo se paga…
Eu, é claro, não acredito em nada disto, tanto mais que a
ser verdade constituiria um esquema mafioso de troca de favores, compadrio
inaceitável a roçar a corrupção. Não acredito até porque tenho estima pessoal por
algumas das pessoas alegadamente envolvidas neste “esquema”, e me arrepia ver
nelas a degradação moral que grassa entre muitos políticos deste país.
Também me custaria a acreditar que não existisse na
organização local do dito partido gente honesta e com visão de futuro, gente
capaz de dar um murro na mesa e impor o mínimo de decência e ética política. Se
isso fosse verdade, todos os elementos da estrutura partidária local do dito
partido político seriam cúmplices de manobras desonestas e imundas, porque, como
se sabe, “tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica ao portão”.
Mas felizmente nada disto deve ser verdade, todos nós
poderemos continuar a estimar e respeitar os nossos concidadãos quer militem ou
não em qualquer partido político.