sábado, 1 de março de 2014

O arroz, a escola e o estado podre

Quando trabalhei na gestão de uma escola pública recebi instruções da tutela para que nas refeições escolares só se usasse arroz agulha. Achei estranho e interroguei os responsáveis sobre o assunto. Pretendia saber se o arroz carolino era menos bom para a saúde, ou se apresentava qualquer outro inconveniente que eu desconhecesse. Nunca me responderam.
Vejo que o princípio ainda está em vigor (hoje na Circular nº.: 3/DSEEAS/DGE/ 2013) e, sabendo que em Portugal se produz sobretudo arroz carolino, que os nossos produtores têm dificuldade em vender, e que o arroz agulha é quase todo importado, mais uma vez me questiono sobre o motivo que leva a criar uma norma que nos obriga a importar arroz, quando temos dificuldade em vender o nosso.
Nós portugueses, gente deste povo, escaldada com a manhosice dos do poder, costumamos nestes casos pensar que algum familiar ou amigo do responsável do Ministério da Educação é importador de arroz agulha... Mas isso são coisa do povo que é ignorante e estúpido, porque os nossos governantes seriam incapazes de um esquema maldoso sesse tipo!

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